O CÉU

Uma equipe de astrofísicos do Instituto SETI e Centro de Pesquisa Ames da NASA acaba de atingir um marco importante na busca por planetas de apoio à vida fora do nosso sistema solar. Pela primeira vez eles descobriram um planeta do tamanho da Terra. Ha água líquida situado na distância de apoio temperado de sua estrela - chamada de zona habitável. "Esta é uma descoberta histórica", diz Geoff Marcy, astrônomo da Universidade da Califórnia, Berkeley, que não estava envolvido na pesquisa, "é o melhor caso para um planeta habitável ainda encontrado. " O planeta, chamado de Kepler- 186F, fica a 500 anos-luz da Terra. Os cientistas o descobriram usando o telescópio Kepler. Entre 2009 e 2013 (antes de uma falha mecânica prejudicar a $600.000.000 o Planeta-Caçador), o telescópio Kepler rastreou cerca de 150 mil estrelas em um pequeno pedaço de céu em busca de estrelas, em intervalos regulares os planetas passavam na frente deles. E, apesar da morte prematura do telescópio, os astrônomos ainda vasculham o tesouro enorme de dados disponíveis publicamente, que são os planetas, como este, que continuam a aparecer no céu. A equipe de pesquisa estima que Kepler-186F é apenas cerca de 10 por cento maior do que a Terra . Ele orbita sua estrela a cada 130 dias e habita o fim mais frio da zona habitável de sua estrela. "A temperatura do planeta é provavelmente boa, semelhante ao amanhecer ou ao anoitecer em um dia de primavera", diz Marcy . Ao contrário da Terra, Kepler-186F orbita uma estrela anã vermelha, cerca de metade do tamanho do nosso sol. As anãs vermelhas são o tipo mais abundante de estrelas no céu, mais frias do que o nosso sol, mas mais voláteis durante a sua vida mais jovem. Por causa da grande distância de Kepler-186F da Terra, e o fato de que o telescópio de Kepler pode revelar apenas o tamanho e a órbita do planeta, a maioria dos outros detalhes sobre o planeta permanecem obscuros na melhor das hipóteses . "Podemos dizer que é provavelmente rochoso", diz Tom Barclay, um astrofísico da equipe da NASA Ames Research Center. "E porque o planeta está mais perto de sua estrela, os seus dias são provavelmente muito mais longos do que os da Terra. "Quanto a atmosfera do planeta, a composição, e se abriga água em estado líquido, ninguém pode afirmar. "É importante notar que só porque este planeta está na zona habitável, que poderia suportar água, não significa que é habitável", diz ele. No entanto, o fato de que o tamanho do planeta e a distância de sua estrela é provável que haja vida (talvez como a conhecemos. Muitos pesquisadores estão animados. "Por milhares de anos as pessoas se perguntam: Existem planetas como a Terra por aí?" diz Jeff Coughlin, um astrônomo da equipe de pesquisa do SETI. "E embora nós começamos a encontrar ao longo dos anos que os planetas estão lá fora e são bastante comuns, a maioria deles têm sido bastante grandes gigantes de gás, assim como Júpiter. Nós ainda não encontramos um parecido com a Terra, e sim definitivamente analógico - planetas com o tamanho certo e temperatura certa. Mas agora estamos chegando perto. "
Kepler-186F está tão longe que os pesquisadores duvidam se haverá uma pesquisa de seguimento por muitas décadas. Mas para Coughlin, a beleza desta descoberta não é necessariamente sobre o próprio planeta. Lembrem-se, para o telescópio Kepler detectar um planeta, o planeta tem que passar com sua estrela bem em frente do nosso ponto de vista. Isso significa que muitos planetas, que não são tão perfeitamente alinhados, passariam despercebidos. "As coisas tem que alinhar apenas para a direita" Coughlin diz: "então, quando nós encontramos algo emocionante como este planeta, que nos diz que há muito mais lá fora, nós só encontramos um, e isso significa que há centenas mais."
O Céu como um todo, é muito bonito de se observar, seja ao amanhecer, ao entardecer e principalmente à noite, com seu fantástico "show" da Lua cheia, das estrelas brilhantes e dos cometas, as "estrelas cadentes".

No magnífico cenário que é o céu visto a olho nu de um local sem a poluição, luminosa principalmente - característica das grandes cidades.

Destacam-se por suas belezas além da Lua, das estrelas, dos cometas, e de uma tênue faixa luminosa que corta o céu de fora a fora: a "Via Láctea", nossa Galáxia.

A sensação que temos vendo a abóbada celeste estrelada nos envolvendo é tão forte que deixamos para os poetas a sua explicação.

As especulações sobre a natureza do Universo devem remontar aos tempos pré-históricos, por isso a astronomia é frequentemente considerada a mais antiga das ciências. Desde a antiguidade, o céu vem sendo usado como mapa, calendário e relógio.

Os registros astronômicos mais antigos datam de aproximadamente 3000 a.C. e se devem aos chineses, babilônios, assírios e egípcios. Naquela época, os astros eram estudados com objetivos práticos, como medir a passagem do tempo (fazer calendários) para prever a melhor época para o plantio e a colheita, ou com objetivos mais relacionados à astrologia, como fazer previsões do futuro, já que, não tendo qualquer conhecimento das leis da natureza (física), acreditavam que os deuses do céu tinham o poder da colheita, da chuva e mesmo da vida.

Há milhares de séculos,os hindús e os chineses sabiam a duração do ano e usavam um calendário de 365 dias. Deixaram registros de anotações precisas de cometas, meteoros e meteoritos desde 700 a.C. Mais tarde, também observaram as estrelas que agora chamamos de novas.

Os babilônios, assírios e egípcios também sabiam a duração do ano desde épocas pré-cristãs. Em outras partes do mundo, evidências de conhecimentos astronômicos muito antigos foram deixadas na forma de monumentos, como o de Newgrange, construído em 3200 a.C. (no solstício de inverno o sol ilumina o corredor e a câmara central) e Stonehenge, na Inglaterra, que data de 3000 a 1500 a.C.

Em Stonehenge, cada pedra pesa em média 26 ton. A avenida principal que parte do centro da monumento aponta para o local no horizonte em que o Sol nasce no dia mais longo do verão (solstício).

Nessa estrutura, algumas pedras estão alinhadas com o nascer e o pôr do Sol no início do verão e do inverno. Os maias, na América Central, também tinham conhecimentos de calendário e de fenômenos celestes, e os polinésios aprenderam a navegar por meio de observações celestes.

Nas Américas, o observatório mais antigo descoberto é o de Chankillo, no Peru, construído entre 200 e 300 a.C.

O ápice da ciência antiga se deu na Grécia, de 600 a.C. a 400 d.C., a níveis só ultrapassados no século XVI. Do esforço dos gregos em conhecer a natureza do cosmos, e com o conhecimento herdado dos povos mais antigos, surgiram os primeiros conceitos de Esfera Celeste, uma esfera de material cristalino, incrustada de estrelas, tendo a Terra no centro. Desconhecedores da rotação da Terra, os gregos imaginaram que a esfera celeste girava em torno de um eixo passando pela Terra. Observaram que todas as estrelas giram em torno de um ponto fixo no céu e consideraram esse ponto como uma das extremidades do eixo de rotação da esfera celeste.

Há milhares de anos, os astrônomos sabem que o Sol muda sua posição no céu ao longo do ano, se movendo aproximadamente um grau para leste por dia. O tempo para o Sol completar uma volta na esfera celeste define um ano. O caminho aparente do Sol no céu durante o ano define a eclíptica (assim chamada porque os eclipses ocorrem somente quando a Lua está próxima da eclíptica).

Como a Lua e os planetas percorrem o céu em uma região de dezoito graus centrada na eclíptica, essa região é definida como o Zodíaco, dividida em doze constelações, várias com formas de animais (atualmente as constelações do Zodíaco são treze: Áries, Touro, Gêmeos, Cancer, Leão, Virgem, Escorpião, Ofiúco, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes).

As constelações são grupos aparentes de estrelas. Os antigos gregos, e os chineses, hindús e egípcios antes deles, já tinham dividido o céu em constelações.


AS "ESTRELAS CADENTES": COMETAS, METEOROS E ASTERÓIDES



Nada no Universo é eterno. Tudo é muito dinâmico, em constante modificação. O Universo foi formado a cerca de 16 bilhões de anos; a nossa galáxia a 13 bilhões e o sistema solar a 4,5 bilhões. O Sol é uma estrela como centenas de milhares de outras, contando só as da nossa galáxia.

As estrelas nascem, vivem e morrem. O tempo estimado de vida de uma estrela como o Sol é de 9 bilhões de anos, o que faz com que daqui a outros 4,5 bilhões de anos tenhamos o seu fim, assim como de todo o sistema solar, em uma grande explosão que ejetará gás e poeira em todas as direções.

Se lembramos que o aparecimento do homem na Terra se deu a poucas centenas de milhares de anos, vemos que temos ainda muito tempo pela frente, até o fim certo de nosso planeta.

Acontece entretanto que a Terra orbita o Sol em uma região por onde frequentemente passam asteróides e cometas com tamanhos suficientes para, em uma colisão com nosso planeta, provocará extinção da vida humana.

Poderia uma catástrofe dessa natureza significar o Apocalípse? Tendo em vista a exibição quase que consecutiva em todo o mundo e particularmente em rede nacional de cinemas de dois filmes de grande bilheteria que tratam da colisão de grandes asteróides e cometas com a Terra.

Nenhum mundo está isolado do resto do Universo. Cerca de 10 mil toneladas de matéria penetram na atmosfera terrestre a cada ano, caídas do espaço cósmico. A maior parte são meteoróides (pequenos pedaços de matéria) e fragmentos de cometas inofensivos que tornam-se incandescentes por causa do atrito com o ar, sendo destruídos antes de atingir o solo. Produzem belos traços brilhantes no céu conhecidos como estrelas cadentes e meteoros.

De vez em quando, porém, somos atingidos por algo grande. Estima-se que um verdadeiro mundo de 10 quilômetros de diâmetro choca-se com a Terra em média de 10 em 10 milhões de anos, produzindo uma catástrofe global da qual a Humanidade dificilmente escaparia. Um evento desses parece ter sido a razão da extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos.

Provavelmente o que caiu na Terra naquela ocasião foi um pedaço de cometa. Os cometas são bolas de gelo misturado com poeira ("gelo sujo") que transitam pelo espaço interplanetário.

Vários deles orbitam ao redor do sol em trajetórias bastante ovaladas, ora aproximando-se, ora afastando-se do Sol - como o famoso cometa Halley [1], que passa perto da Terra de 76 em 76 anos. São chamados cometas periódicos. Outros passam uma vez perto do Sol e nunca mais voltam.

Quando um cometa se aproxima do Sol, são emitidas partículas de seu núcleo por causa do calor, formando uma "nuvem" ao seu redor chamada coma. A pressão do vento solar "empurra" as partículas para longe do Sol, e aparece a cauda típica dos cometas. O vento solar é constituído de matéria lançada a partir do Sol em direção ao espaço, por causa de sua alta temperatura e de perturbações em sua superfície (como as explosões solares).

Apesar de ser extremamente ralo - dez átomos por centímetro cúbico nas proximidades da Terra, viajando a 300 km/s -, é suficiente para provocar o aparecimento da cauda cometária. A cauda, por isso, aponta sempre na direção oposta ao Sol (e não na direção da trajetória dos cometas).

Suspeita-se da existência de um conjunto esférico de cometas movendo-se vagarosamente ao redor do Sol a uma distância enorme, 2500 vezes maior que a órbita de Plutão.

Este conjunto, chamado nuvem de Oort, seria a origem de boa parte dos cometas. Conjectura-se que o cinturão de asteróides de Kuiper, situado além de Plutão também seja uma fonte de cometas.

Asteróides são objetos sem atmosfera, rochosos e metálicos que orbitam o Sol e cujos tamanhos variam de alguns poucos metros até quase 1000 km (o maior asteróide conhecido, Ceres, tem 980 km de diâmetro).

São conhecidos dezesseis asteróides com diâmetro superior a 240 km. Até hoje foi possível fotografarmos "de perto", permitindo-nos a visualização de detalhes, apenas três asteróides. Uma foto do asteróide Ida foi obtida pela sonda espacial Galileo, em agosto de 1993, a apenas 3.000 km de distância. É nítidamente visível o grande número de crateras na superfície de Ida, devido a impactos sofridos através dos tempos, com corpos menores. Ida tem 56 km de comprimento.

A sonda Galileo encontra-se hoje cumprindo sua função principal que é obter informações sobre Júpiter e suas luas. No caminho para Júpiter a sonda Galileo se aproximou de dois asteróides, Ida e Gaspra, e os fotografou. Essas são as mais ilustrativas fotos até hoje obtidas de asteróides. Ida é um asteróide do tipo S, formado por silicatos ricos em metais. A maioria dos asteróides conhecidos (75%) são do tipo C, ricos em carbono.

Cometas têm órbitas muito elípticas, que os trazem próximo ao Sol e os levam longe no sistema solar. Longe do Sol, cometas são como que imensas pedras de gelo sujo, formados por uma mistura de material volátil (que quando aquecido passa diretamente do estado sólido para o estado gasoso) e grãos rochosos e metálicos de tamanhos variados.

Quando se aproxima do Sol (e consequentemente da Terra) parte do material que forma o cometa se volatiza, dando origem à sua cabeleira e à sua cauda.

A cabeleira que envolve o núcleo de um cometa e a sua cauda, empurrada pelo "vento solar" no sentido oposto ao que o Sol se encontra são formadas assim de gases e poeira que se desprendem desse núcleo (essa pedra de gelo sujo).

Mais de 99% da massa de um cometa está em seu núcleo. Até hoje a única imagem feita do núcleo de um cometa foi do Halley, obtida pela sonda Giotto em março de 1986.

Pelo fato dos núcleos dos cometas quando se aproximam da Terra estarem envoltos em suas cabeleiras, não nos é possível vê-los.

Para fazer a foto abaixo, a sonda Giotto teve que entrar dentro da cabeleira do Halley.

O tamanho do núcleo do Halley foi estimado em 16x8x8 km. A parte mais clara nessa foto corresponde à ejeção de gases e poeira em regiões de sua superfície devido ao processo de volatização.

Basta olharmos o grande número de crateras que encontramos na superfície da Terra, algumas delas com quilômetros de diâmetro, oriundas de colisões de asteróides e cometas com nosso planeta, para reconhecermos a possibilidade de catástrofes provenientes de tais colisões.



A extinção dos dinossauros, por exemplo, é creditada á colisão com a Terra de um asteróide de aproximadamente 10 km de diâmetro. Esse asteróide haveria caído na região do golfo do México a 65 milhões de anos e em sua queda levantou uma nuvem de poeira tão grande que se espalhou por toda a atmosfera e ficou suspensa durante séculos, mudando o clima do planeta e diminuindo sensivelmente a vegetação existente, levando gradativamente os dinossauros à extinção.

Em 1908 um asteróide de aproximadamente 50 metros de diâmetro haveria "explodido" no ar sobre o rio Tunguska, na Sibéria, devastando mais de 2.000 quilômetros quadrados de densa floresta.

Para um corpo colidir com a Terra é necessário que ele passe por onde a Terra passa, ou seja, é necessário que a sua órbita cruze a órbita da Terra. Estimamos que existam cerca de 2.000 asteróides e cometas cujas órbitas cruzam a órbita da Terra; desses apenas 200 são conhecidos e constantemente monitorados.

Com toda segurança podemos afirmar que nenhum dos objetos conhecidos colidirá com a Terra, pelo menos nos próximos 100 anos. Resta contudo a possibilidade de virmos a descobrir um objeto em rota de colisão com nosso planeta, para daqui, digamos, algumas poucas dezenas de anos.

O número de corpos do sistema solar diminui muito à medida que seus tamanhos aumentam; ou seja: existem muitos corpos pequenos, porém poucos corpos grandes.

Isso faz com que a probabilidade de colisões com nosso planeta diminua com o aumento do tamanho dos corpos. Entretanto, devido à grande velocidade desses corpos, mesmo um cometa ou asteróide "pequeno" que cair na Terra, poderá liberar uma quantidade muito grande de energia.

Objetos de 10 a 30 metros de diâmetro, colidindo com a Terra, seriam capazes de liberar uma energia de 3 a 1.000 megatons (equivalente a centenas de bombas de Hiroshima).

Estimamos que a frequência de colisões de corpos dessa faixa de tamanho com a Terra deva ser de 1 a 100 anos.

Objetos de 30 a 200 metros de diâmetro liberariam uma energia de 1.000 a 10.000 megatons e devem cair na Terra com uma frequência de 100 a 10.000 anos.

O asteróide que caiu em Tunguska no início do século se encontra nessa faixa de tamanho.

Objetos de 200 metros a 2 quilômetros de diâmetro liberariam uma energia de 10.000 a 100.000 megatons e devem cair na Terra com uma frequência de 10.000 a 1 milhão de anos.

Seriam capazes de devastar áreas equivalentes a um continente.

Objetos de 2 a 10 quilômetros de diâmetro liberariam uma energia de 100 mil a 1 milhão de megatons e devem cair na Terra com uma frequência de 1 milhão a 100 milhões de anos.

O asteróide que provocou a extinção dos dinossauros se encontra dentro dessa faixa de tamanho.

Objetos com mais de 10 quilômetros de diâmetro seriam capazes de extinguir a vida em nosso planeta e devem cair na Terra com uma frequência de 100 milhões a 1 bilhão de anos.

A imagem acima é uma simulação da colisão de um desses asteróides com a Terra.

Fragmentos maiores liberados pelo núcleo dos cometas descrevem órbitas semelhantes a ele e, com o tempo, acabam formando um rastro de corpúsculos ao longo de sua trajetória. A órbita da Terra cruza vários desses rastros. Quando isto acontece, os fragmentos penetram na atmosfera e são incendiados pelo atrito com o ar, sendo vistos do solo na forma de belos meteoros.

Como eles só atingem a Terra quando esta cruza alguma órbita cometária, os meteoros têm data marcada para aparecer. Os meteoros Perseidas, por exemplo, aparecem perto do dia 12 de agosto de cada ano e são devidos ao cometa P/Swift-Tuttle (a letra "P" indica que o cometa é periódico).

A maioria esmagadora desses fragmentos cometários é absolutamente inofensiva. Às vezes, porém, encontramos um pedaço dos grandes pelo caminho. Um enorme fragmento do cometa P/Swift-Tuttle parece ter se chocado contra o solo no oeste do Amazonas, em 13de agosto de 1930, fato conhecido como "evento de Curuçá" ou "Tunguska Brasileiro".

A expressão "Tunguska Brasileiro" refere-se a um outro corpo celeste que atingiu a região de Tunguska, na Sibéria, em 1908, destruindo uma área de 2000 quilômetros quadrados de floresta e liberando uma energia equivalente a 15 megatons.
Estima-se que a probabilidade de colisão direta da Terra com um dos cometas com órbitas próximas é de uma a cada 200 milhões de anos.

Além de cometas, meteoróides e de uma fina e rala poeira interplanetária, o Sistema Solar é povoado por milhares de corpos maiores, vários deles com alguns quilômetros de diâmetro, chamados asteróides.

Boa parte dos asteróides possui trajetórias aproximadamente circulares e situa-se em uma faixa entre as órbitas de Marte e Júpiter (o "cinturão de asteróides"), formada por milhares deles. Desses, cerca de trinta têm diâmetros maiores do que 200 km; o maior de todos, Ceres (o primeiro a ser descoberto, em 1801, por Piazzi), tem 1025 km de lado a lado. Ceres acumula aproximadamente metade da massa de todo o cinturão de asteróides. Entretanto, o cinturão inteiro possui apenas cerca de um centésimo da massa de Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar.

Os asteróides são remanescentes dos primórdios do Sistema Solar, de uma época em que os planetas ainda não haviam se formado. Segundo a teoria aceita atualmente, o Sistema Solar originou-se há 5 bilhões de anos, a partir de uma imensa nuvem de gás (principalmente hidrogênio e hélio) que contraiu-se sob a ação de sua própria gravidade.

A maior parte acumulou-se no centro, formando o Sol. Porém, uma pequena parte concentrou-se em vários pontos, formando inúmeros asteróides. Esses corpos posteriormente fundiram-se entre si, através de uma série de colisões, formando os planetas e os satélites.

Mas alguns sobraram: são os asteróides atuais, testemunhas antiqüíssimas das origens dos planetas. Entre Marte e Júpiter, a gravidade deste último planeta impediu que os asteróides se aglutinassem para formar um corpo maior. Esta é a teoria aceita atualmente para a origem do cinturão de asteróides: eles não vêm da destruição de um planeta pré-existente, como se aceitava até há pouco, mas constituem um "planeta abortado".

Há vários asteróides fora dos dois cinturões, muitos deles em trajetórias bastante ovaladas. Conhece-se cerca de duzentos asteróides cuja órbita aproxima-se da órbita da Terra. A probabilidade de colisão, entretanto, é muito baixa.

O astrônomo norte-americano Carl Sagan, no livro Pálido ponto azul [4], estima que a Terra é atingida por um objeto com cerca de 70 metros de diâmetro uma vez em alguns séculos. Uma queda dessas liberaria uma energia equivalente à das armas nucleares mais modernas.

Já um bólido de 200 metros atinge a Terra em média a cada 10 mil anos, provocando uma colisão poderia provocar efeitos climáticos regionais muito graves. Continuando a seqüência apocalíptica, estima-se que a cada milhão de anos a Terra é atingida por um objeto com uns dois quilômetros de diâmetro; tal episódio provocaria uma catástrofe climática planetária.

A cada 10 milhões de anos, teríamos algo como o impacto que extinguiu os dinossauros, provavelmente causado por um colosso de 10 quilômetros de diâmetro.

Mas nem sempre o apocalipse foi tão raro. Planetas e satélites com pouca atmosfera têm a superfície pontilhada de crateras, pois não têm a proteção atmosférica de que dispomos. Mesmo a Terra possui algumas, produzidas por meteoros enormes que resistiram ao atrito.

No estado do Arizona, nos Estados Unidos, há uma cratera espetacular com 1,2 quilômetros de diâmetro, originária de um bólido de 25 metros de envergadura que chocou-se com o solo entre 20 e 50 mil anos atrás.

Tendo-se uma idéia da quantidade e da distribuição dos asteróides no Sistema Solar, pode-se inferir o número de crateras presentes em um mundo sem atmosfera, como a Lua. Entretanto, o número de crateras na Lua é muito maior do que o calculado dessa maneira.

Segue-se que o número de asteróides era bem maior em tempos remotos. Naquela época, nos primórdios do Sistema Solar (há 5 bilhões de anos atrás), os choques entre os mundos eram muito mais constantes.

As crateras da Lua, muitas delsa tão grandes que são visíveis a olho nu, bem como a de vários outros mundos com pouca ou sem atmosfera, são testemunhos de uma época de grande violência cósmica.

É provável que encontros particularmente violentos já tenham destruído satélites e planetas várias vezes. Num evento desses, parte da matéria é lançada no espaço, mas parte cai de volta, por causa da ação gravitacional do conjunto dos fragmentos, reconstituindo o astro.

Acredita-se que a Lua tenha se formado pela colisão da Terra com um mundo aproximadamente do tamanho de Marte, há 5 bilhões de anos. Ambos os mundos teriam sido despedaçados, mas foram reconstituídos pela ação gravitacional.

Um episódio espetacular em 1994 (felizmente não na Terra) veio lembrar a todos que essa violência cósmica ainda está ao redor. O cometa Levy-Shoemaker 9, que girava ao redor do Sol há bilhões de anos, foi capturado pelo campo gravitacional de Júpiter há algumas décadas.

No dia 7 de julho de 1992, as fortes marés causadas no cometa pela gravidade do planeta gigante despedaçaram o seu núcleo.

Um grupo de astrônomos liderados por Eugene Shoemaker e David Levy viram o cometa pela primeira vez em 25 de março de 1993, quando ele já era uma fileira de fragmentos espiralando em direção a Júpiter.

Seis espaçonaves da Nasa espalhadas pelo Sistema Solar (e inúmeros astrônomos na Terra) suspenderam suas tarefas para observar o que seria a colisão do milênio.

Os fragmentos do cometa atingiram a atmosfera de Júpiter entre 16 e 22 de julho de 1994, um após o outro, a 60 quilômetros por hora.

Foram observadas bolas de fogo se erguendo nos pontos de colisão, que em muitos casos tornavam-se mais brilhantes que todo o resto de Júpiter considerado em conjunto. As explosões deram lugar a manchas escuras do tamanho do planeta Terra.

Calcula-se que um cometa desse porte atinja Júpiter em média uma vez a cada mil anos.

Uma colisão dessas com a Terra poderia destruir nosso planeta. Com tantos arautos do Apocalipse nas mãos humanas - guerra nuclear, catástrofes ecológicas, etc. -, o cometa Levy-Shoemaker 9 nos fez lembrar que a Natureza ainda é quem dá a última palavra.



BEDENGÓ, O MAIOR METEORITO BRASILEIRO

O Bendegó é o maior meteorito brasileiro conhecido até o momento pesando 5,36 toneladas e medindo 2,15m x 1,5m x 65cm de formato meio achatado lembrando uma sela.

Trata-se de uma massa compacta de ferro e níquel com outros elementos em quantidades menores.

Apesar de seu colossal tamanho, não figura mais entre os dez maiores do mundo, muito embora fosse o segundo em tamanho na época de seu descobrimento.

Foi descoberto no interior da Bahia e hoje se encontra em exposição na sala de meteoritos do Museu Nacional do Rio de Janeiro.

Achado no ano de 1784, por Joaquim da Mota Botelho, nas proxímidades do riacho Bendegó.


Coordenadas geográficas do lugar onde ele foi encontrado:
- Latitude Sul 10º -7´29",7.
- Longitude Este do Rio de Janeiro 4º -0´ 1" ,2.

Foi trasladado para o Museu Nacional do Rio de Janeiro em 1888, por uma comissão de engenhiros assim composta: Jose Carlos de Carvalho, Vicente Jose de Carvalho Filho, Humberto Saraiva Antunes.

Contribuiu para as despesas com o transporte o Barão de Guaí.

Concluído o trabalho de resgate que durou mais de 100 dias o meteorito foi transportado para o Museu Nacional, nesta época no Campo de Sant'Anna em 27 de novembro de 1888.

O meteorito de Bendegó é uma massa irregular de 220 x 145 x 58 cm lembrando em aspecto um asteróide. Apresenta inúmeras depressões na superfície e buracos cilíndricos orientados paralelamente a seu comprimento maior. Estes buracos se formaram pela queima do sulfeto troilita, durante a passagem transatmosférica do meteorito, uma vez que o sulfeto tem um ponto de fusão mais baixo que o restante do meteorito, se consumindo mais rapidamente. O meteorito é um meteorito metálico, também conhecido como siderito.




NEBULOSAS


As nebulosas são nuvens de poeira, e gás interestelar que se localizam, na maioria das vezes, no interior das galáxias. Ela só se torna visível se o gás brilha, se uma nuvem reflete a luz das estrelas ou se ela própria encobre a luz dos objetos distantes.

São constantemente regiões de formação estelar, como a Nebulosa da Águia. Esta nebulosa forma uma das mais belas e famosas fotos da NASA, "Os Pilares da Criação".

Como o processo de formação das estrelas é muito violento, os restos de materiais lançados ao espaço por ocasião da grande explosão formam um grande número de planetas e de sistemas planetários.

A maioria das nebulosas estão em intensa atividade de formação estelar.

Existem cinco tipos de nebulosas:

- Nebulosa de emissão: São nebulosas que brilham em diferentes cores, pois o gás delas emite luz quando estimulado pela radiação de estrelas jovens quentes que emitem fótons altamente energéticos.

- Nebulosas de reflexão: refletem a luz de estrelas vizinhas que incide sobre elas. Estas não são quentes o suficiente para provocar a ionização no gás da nebulosa como as nebulosas de emissão, mas são brilhantes o suficiente para tornarem o gás visível. Essas nebulosas não são muito comuns, podendo até passar despercebidas por um telescópio amador. A incidência de 100% de luz as fariam refletir entre 10% e 80%, mas um telescópio Nebulosa de reflexão em Órion superpotente (como o Hubble) as captariam em instantes com definições perfeitas, numa imagem de alta resolução e grande relativa facilidade. Seria como observá-las a 100 metros de distância. A luz é ligeiramente polarizada devido ao alinhamento de certas partículas ao campo magnético.

- Nebulosa escura: Presumivelmente a mais famosa nebulosa escura a Nebulosa cabeça de cavalo. Uma nebulosa escura é um grande nuvem molecular as quais se apresentam como regiões pobre em estrelas onde a poeira do meio interestelar parece estar concentradas. Nebulosas escuras podem ser vista se elas obscurecem parte de um Nebulosa de reflexão ou emissão (por exemplo a nebulosa cabeça de cavalo) ou se elasNebulosa Cabeça de Cavalo bloqueia estrelas de fundo (por exemplo a Nebulosa saco de carvão). As maiores nebulosas escuras são visíveis a olho nu, elas aparecem como caminhos escuros contra o fundo brilhante da Via Láctea. Astrofísica da nebulosa escura O hidrogênio destas nuvens escuras opacas existem na forma de hidrogênio molecular. A maior nebulosa deste tipo, a chamada nuvem molecular gigante (NMG), são mais do que um milhão de vezes a massa do Sol. Eles contem mais do que a massa do que o meio interestelar, e quase 150 anos-luz de comprimento, e tem uma densidade média de 100 a 300 molécula por centímetro cúbico e uma temperatura interna de 7 a 15 K. nuvens moleculares consiste basicamente de gás e poeira, mas contem muitas estrelas também.

- Nebulosa planetária: é um objeto astronômico que é constituido por um invólucro brilhante de gases e plasma, formado por certos tipos de estrelas no período final do seu ciclo de vida. Não estão de todo relacionadas com planetas; o seu nome é originário de uma suposta similitude de aparência com planetas gigantes gasosos. Tem um período de existência pequeno (dezenas de milhar de anos) quando comparado com o tempo de vida típico das estrelas (vários bilhões de anos). Existem cerca de 1500 destes objectos na nossa galáxia. As nebulosas planetárias são objectos importantes em astronomia por desempenharem um papel na evolução química das galáxias, libertando material para o meio interestelar, enriquecendo-o com elementos pesados e outros produtos de nucleossíntese (carbono, azoto, oxigênio e cálcio). Noutras galáxias, as nebulosas planetárias poderão ser os únicos objectos observáveis de maneira a poderem ser Nebulosa planetária IC418retiradas informações acerca da abundância de elementos químicos. Nos anos mais recentes, as imagens fornecidas pelo telescópio espacial Hubble revelaram que as nebulosas planetárias poderão adquirir morfologias extrememente complexas e variadas.

- Nebulosa solar: é uma nuvem de gás e poeira do cosmos que está relacionada diretamente com a origem do Sistema Solar. A hipótese nebular foi proposta em 1755 por Immanuel Kant em que defendia que as nebulosas giravam lentamente em torno da sua origem.

TEMPO DE VIDA: Os gases das nebulosas planetárias afastam-se da estrela central a uma velocidade aproximada de alguns quilômetros por hora. Simultaneamente à expansão dos gases, a estrela central arrefece à medida que irradia a sua energia - as reações de fusão pararam porque a estela não tem a massa necessária para gerar no seu núcleo as temperaturas requeridas para se dar a fusão de carbono e oxigênio.

Eventualmente, a temperatura estelar irá arrefecer de tal maneira que não poderá ser libertada suficiente radiação ultravioleta para ionizar a nuvem gasosa cada vez mais distante. A estrela transforma-se numa anã branca e o gás adjacente recombina-se, tornando-se invisível. Para uma nebulosa planetária tipica deverão passar 10.000 anos entre a sua formação e a recombinação dos gases.

NEBULOSA DA ÁGUIA - M16


Os Pilares da Criação e as poucas estrelas em formação no seu interior são os últimos vestígios da formação estelar no interior da Nebulosa da Águia, também conhecida como M16, que teve o seu máximo há alguns milhões de anos.

Em novembro de 1995, o Hubble surpreendeu os astrônomos de todo o mundo com imagens de uma estrutura nebular na Nebulosa da Águia (Ml6), até então impensada (ela se encontra a 7.000 anos-luz da Terra, na Constelação da Serpente). Nestas fotos é possível ver estrelas se formando sem uma espessa nuvem de poeira em volta.

As colunas que aparecem nestas fotos são como que paredes de vastas nuvens de poeira e hidrogênio molecular, dentro das quais existem as condições necessárias para o processo de contração que resultará na formação de estrelas. A forte radiação de estrelas recém formadas dentro dessas nuvens empurra os gases menos densos para longe, deixando à mostra as regiões centrais de formação de novas estrelas nas regiões próximas às bordas das nuvens.

NGC 604 é uma imensa nebulosa (1.500 anos-luz de extensão) que se encontra próxima à borda de M33 (2.700.000 anos-luz da Terra), uma galáxia espiral como a nossa. Detalhes da estrutura dessa nebulosa, obtidos pelo Hubble em agosto de 96, têm clareado muitos pontos referentes à formação das estrelas e à evolução do meio interestelar.

NEBULOSA PLANETÁRIA


Nebulosa surge quando a estrela expele suas camadas externas, e deve desaparecer em milhares de anos.

Imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble da nebulosa planetária NGC 2371 revela, no centro da nuvem espacial, os restos de uma estrela que, na juventude, já foi parecida com o Sol.

A estrela agonizante é o núcleo de uma gigante vermelha que expeliu suas camadas exteriores e agora arde a 130.000 º C. NGC 2371 está a 4,3 mil anos-luz, na direção da constelação de Gêmeos.

Na imagem do Hubble vêem-se nuvens rosadas proeminentes em lados opostos da estrela central. A cor indica material relativamente frio e denso, se comparado ao restante do gás na nebulosa.

Uma nebulosa planetária é uma nuvem de gás em expansão ejetada por uma estrela no final de sua vida. A nebulosa brilha por conta da radiação ultravioleta emitida pelo núcleo quente no centro.

Em poucos milênios, a nebulosa dissipa-se no espaço. A estrela central então perderá temperatura lentamente, transformando-se em uma estrela anã branca. Esse é o destino que espera o Sol.

A foto do Hubble foi colorida com um código para exprimir o tipo de elemento presente na nuvem, sendo vermelho para enxofre e nitrogênio, verde para hidrogênio e azul para oxigênio.

NEBULOSA DE TRIFID


A fotogénica nebulosa Trifid, também conhecida como M20, encontra-se a cerca de cinco mil anos-luz, na direcção da constelação de Sagitário numa zona conhecida por ser berçário de estrelas.

Um tipo de nebulosa mais cheio de energia, como a Trifid, conhecido como nebulosa de emissão, são regiões de formação de estrelas onde gás e poeira são agitados por estrelas jovens. A Trifid é um bebê celestial, com 300 mil anos de idade e dez anos-luz de extensão.

Apesar da distância, pode ser observada com bons binóculos. Uma luz que se acendesse no extremo da Trifid demoraria cerca de quarenta anos a atravessá-la.

NEBULOSA DA TARÂNTULA


A Nebulosa da Tarântula (também conhecida como 30 Dourados ou NGC 2070) pertence a Grande Nuvem de Magalhães, localizada na constelação de Peixe-Espada. Ela é a maior nebulosa de emissão que pode-se ver no céu e é também uma das maiores regiões de formação estelar (chamadas de região H II) de que se tem conhecimento. Inicialmente pensou-se que se tratava duma grande estrela, mas em 1751 Abbe Lacaille identificou-a como uma nebulosa.

Essa nebulosa possui uma magnitude aparente de 8. Considerando sua distância aproximada de 160.000 anos-luz, é um objeto extremamente luminoso. Na verdade, é a região estelar conhecida mais ativa no Grupo Local de galáxias (aquelas que não apresentam um movimento de distanciamento da Via Láctea por estarem ligadas entre si por suas forças gravíticas).

Em seu centro, há um enclave extremamente compacto de estrelas jovens e quentes (catalogado como R 136), tendo a maioria delas de 2 a 3 milhões de anos, produz a maior parte da energia que torna a nebulosa visível e contribui para a forma aracnídea dos filamentos dessa nebulosa, por conta do vento emanado das explosões estelares.

Há, na Nebulosa da Tarântula, um outro enclave, mas de estrelas mais velhas (catalogado como Hodge 301). A região do Hodge 301 já teve grande estrelas que explodiram como supernovas, deixando aquele local com sua matéria, dando origem a estruturas e filamentos de gás. Como atualmente no enclave existem três estrelas supergigantes vermelhas, novas explosões podem acontecer nos próximos milhões de anos. A supernova mais próxima já detectada desde a invenção do telescópio, Supernova 1987A, ocorreu nos arredores da Nebulosa da Tarântula.

NEBULOSA DE ÓRION


A nebulosa de Órion, (também denominado nebulosa de Orião) também descrita como M42 ou NGC 1976, de acordo com a nomenclatura astronômica, é uma nebulosa difusa que se encontra a 1500 anos-luz do sistema solar. O seu nome provém da sua localização na constelação de Órion. Possui 25 anos-luz de diâmetro, uma densidade de 600 átomos/cm³ e temperatura de 70K.

Trata-se de uma região de formação estelar: em seu interior as estrelas estão nascendo e começando a brilhar constantemente. Há uma enorme concentração de poeira estelar e de gases nessa região, o que sugere a existência de água, pela junção de hidrogênio e oxigênio.

No céu de inverno do hemisfério sul é simples identificar a nebulosa como uma mancha difusa na região entre as "Três Marias" e as estrelas Rigel e Saiph, no interior da constelação de Órion. Qualquer telescópio, mesmo de pequeno alcance, pode identificar a Nebulosa de Órion.

A Nebulosa de Órion é um dos objetos mais fotografados no céu noturno e está entre os objetos celestes mais estudados intensamente. A nebulosa revelou muito sobre o processo de como estrelas e sistemas planetários são formados a partir de nuvens de colapso de gás e poeira.

NEBULOSA DO BUMERANGUE


A nebulosa do bumerangue é uma nebulosa planetária localizada a 5000 anos-luz da Terra na constelação do Centauro. A nebulosa tem temperatura de 1 K (−272.15 °C; −457.87 °F), o lugar mais frio conhecido no universo.

A Nebulosa do Bumerangue foi formada a partir da saída de gás a partir de uma estrela em seu núcleo. O gás está se movendo para fora em uma velocidade de aproximadamente 164 km/s e expandindo rapidamente enquanto se move no espaço. A expansão é a causa da temperatura muito baixa da nebulosa.

NEBULOSA DO CARANGUEJO


Registros históricos revelaram que uma nova estrela brilhante o suficiente para ser vista de dia tinha sido registrada na mesma parte do céu por astrônomos chineses e árabes em 1054. Dada sua grande distância, a "estrela aparecida" de dia observada por esses astrônomos, só poderia ter sido uma supernova—uma estrela maciça explodindo, tendo exaurido seu total de energia da fusão nuclear e colapsado em si mesma. A supernova foi visível a olho nu por cerca de dois anos após sua primeira observação. Graças a essas observações, a Nebulosa do Caranguejo se tornou o primeiro objeto astronômico reconhecido como sendo ligado a uma explosão supernova.

Análises recentes dos registros históricos descobriram que a supernova que criou a Nebulosa do Caranguejo provavelmente ocorreu em abril ou no começo de maio, chegando ao seu brilho máximo de entre magnitude aparente −7 e −4,5 (mais brilhante do que qualquer coisa no céu noturno, exceto pela Lua) em julho.

No espectro visível, a Nebulosa do Caranguejo consiste de uma massa ovóide de filamentos, cerca de 6 minutos de arco de comprimento e 4 minutos de arco de largura, cercando uma região central azul difusa (em comparação, a Lua cheia tem 30 minutos de arco de diâmetro).

Os filamentos são os remanescentes da atmosfera da estrela progenitora e consistem basicamente de Hélio e Hidrogênio ionizados, além de Carbono, Oxigênio, Nitrogênio, Ferro, Neônio e Enxofre. As temperaturas do filamento tipicamente estão entre 11.000 e 18.000 K e suas densidades são cerca de 1.300 partículas por cm³.


A Nebulosa do Caranguejo, é também conhecida por Nebulosa da Rolha, Nebulosa da Borboleta e foi catalogada por NGC 1952, M1 - Messier 1, Taurus A; é um remanescente de supernova na constelação de Taurus, a SN 1054, que foi registrada, como uma estrela visível à luz do dia, por astrônomos chineses e árabes em 1054.

Localizada a uma distância de cerca de 6 300 anos-luz (2 kpc) da Terra, a nebulosa tem um diâmetro de 11 anos-luz (3,4 pc) e está se expandindo à taxa de cerca de 1 500quilômetros por segundo.

A nebulosa contém um pulsar no seu centro que gira trinta vezes por segundo, emitindo pulsos de radiação, de raios gama a ondas de rádio. Esta nebulosa foi o primeiro objeto astronômico identificado com uma explosão supernova histórica.

A nebulosa age como uma fonte de radiação para estudar corpos celestes que estejam ocultos nela. Nos anos 50 e anos 60, a coroa do Sol foi mapeada a partir de observações de ondas de rádio da nebulosa do Caranguejo passando por ela e, mais recentemente, a espessura da atmosfera em Titã, lua de Saturno, foi medida através do bloqueio de raios-X da nebulosa.

Observada pela primeira vez por John Bevis em 1731, e redescoberta de forma independente por Charles Messier em 1758, enquanto observava um cometa brilhante. Messier catalogou-a como primeiro verbete no seu catálogo de objeto relacionados a cometas.

O Conde de Rosse observou a nebulosa no Castelo de Birr, nos anos 1840, e se referiu ao objeto como a Nebulosa do Caranguejo porque um desenho que ele fez dela se parecia com um caranguejo.

No início do século XX, a análise de antigas fotografias da nebulosa tiradas vários anos de distância entre si revelou que ela estava se expandindo. Refazendo o caminho da expansão, revelou-se que a nebula devia ter se formado cerca de 900 anos antes.

NEBULOSA CABEÇA DE CAVALO


(Região da Nebulosa Cabeça de Cavalo, sul da estrela Alnitak no Cinturão de Órion)

A nebulosa Cabeça de Cavalo está localizada logo abaixo de Alnitak. A Nebulosa do Cavalo é uma nebulosa escura na constelação de Órion, estrela que faz parte do Cinturão de Órion.

Está a aproxidamente 1500 anos luz da Terra.

É uma das nebulosas mais identificáveis devido a forma de sua nuvem escura de poeira e gases, que é semelhante à de uma cabeça de cavalo.

Foi observada pela primeira vez em 1888 por Williamina Fleming na chapa fotográfica B2312 do observatório da Universidade de Harvard.

O brilho vermelho se origina do hidrogênio, gás que predomina por trás da nebulosa, ionizado pela próxima estrela brilhante Sigma Orionis (Alnitak). A escuridão da Cabeça de Cavalo é causado principalmente por uma poeira espessa.

NEBULOSA ESQUIMÓ


A Nebulosa do Esquimó (ou NGC 2392) é classificada como nebulosa planetária.

Foi descoberta por William Herschel, em 1787, e recebeu o apelido 'Esquimó' por lembrar um rosto envolto por uma pele parca. Sua formação iniciou há 10.000 anos, aproximadamente, quando, em extinção, um astro pôs-se a lançar material no espaço.

A nebulosa, segundo os cientistas, pode apresentar, em torno do equador de sua estrela, um anel de material denso.

A NGC 2392 possui duas partes em formato de elipse fluindo sob e sobre a estrela em extinção. A estrela que nela existe possui características como as do Sol. Pode ser vista telescópios e ter suas coordenadas obtidas através de programas.

PLANETA ANÃO

SEDNA

Desde a sua descoberta esse planeta-anão, Sedna, tem causado diversas mudanças na forma do entendimento sobre o nosso sistema solar, além de ter sido um dos responsáveis pelo rebaixamento de Plutão à categoria de planeta-anão.

Possui um diâmetro equatorial pouca coisa menor que o de Plutão, e um período de mais de 26 mil anos, numa órbita extremamente elíptica.


PLANETAS EXTRA-SOLARES

A imagem ao lado mostra uma conecpção artística do exo-planeta recentemente encontrado orbitando a estrela de Fomalhaut.

Esta estrela possui cerca de 200 milhões de anos de idade, sendo portanto uma estrela nos seus estágios iniciais.

Este planeta completa uma órbita ao redor desta estrela a cada 872 anos, a uma distância de 2,9 bilhões de quilômetros desta.


ANÃS BRANCAS:



AGLOMERADO DE ANÃS BRANCAS:
- As 42 anãs brancas em via de solidificação (estrelas de diamante recém-identificadas, a cristalização total deverá demorar 1 bilhão de anos, período em que o termômetro estará sempre na casa dos 6.000 graus Kelvin, uma temperatura baixa para esse tipo de astro) estão localizadas num aglomerado globular, o NGC 6397, um denso agrupamento de matéria com formato esférico que, devido à ação da gravidade, congrega 400 mil estrelas em órbita do centro galáctico da Via Láctea. Distante 7,2 mil anos--luz da Terra (1 ano-luz corresponde a 9,5 trilhões de quilômetros) e com idade estimada em 12 bilhões de anos, o NGC 6397 é um dos 160 aglomerados globulares conhecidos que giram em torno do centro da nossa galáxia, como se fossem satélites, mas que na verdade pertencem à Via Láctea. O aglomerado é o segundo mais próximo da Terra, fazendo parte da constelação de Ara.


Existem aglomerados abertos com dezenas a centenas de estrelas, como as Plêiades, também chamadas de As Sete Irmãs, pois podemos ver sete estrelas a olho nu. As Plêiades, catalogadas como M45 e NGC 1432, na constelação do Touro, têm magnitude aparente total de 1,20, estão a 410 anos-luz da Terra, têm um diâmetro aparente de 110', quase 2°, e aproximadamente 20 milhões de anos. Naturalmente em um campo (área) tão grande, um grande número de estrelas naquela direção não pertence ao aglomerado.